O mês das bruxas chegou e, nesta casa, prestamos as nossas homenagens aos assassinos mascarados, palhaços psicopatas, fantasmas vingativos e monstros em geral. Nesta lista, dei prioridade às produções mais recentes, dos anos 2000 em diante, e também às nacionalidades variadas dos diretores. Tirando os classicões mais óbvios, como “O Iluminado” ou “O Bebê de Rosemary”, estes são os melhores filmes de terror para ver em outubro (e no resto do ano também), disponíveis nas principais plataformas de streaming:
Ignore o terceiro filme da franquia. Não vai fazer falta. Depois de ver os dois primeiros, vá direto para o quarto. Em 2007, os espanhóis Paco Plaza e Jaume Balagueró surpreenderam com um filme de zumbis totalmente diferente e assustador e fizeram, ao menos, duas boas sequências. Esqueça também a refilmagem americana de 2008.
O filme de estreia do americano Ari Aster, o mesmo de “Midsommar”, foi a sensação do Festival de Sundance do ano passado e gerou uma pequena campanha para que Toni Collette concorresse ao Oscar de melhor atriz – o que, infelizmente, não aconteceu, apesar do merecimento.
Um clássico instantâneo do diretor Drew Goddard, de “Maus Momentos no Hotel Royale”, também com Chris Hemsworth. Se você ainda não viu, não leia sinopse alguma. Se já viu, veja de novo e divirta-se. É um filme perfeito para os fãs de terror, pois brinca justamente com todos os clichês do gênero.
Ainda que o final não seja muito bem resolvido, o terror do norueguês André Øvredal, que também dirigiu “Histórias Assustadoras Para Contar No Escuro”, tem sustos eficazes. Infelizmente, é com o Emile Hirsch, mas ainda vão desenvolver uma tecnologia especial de deep fake para substituir atores problemáticos.
Com direção do francês Xaviers Gens, dois homens precisam lutar contra criaturas bizarras que atacam uma ilha remota do Círculo Polar Ártico. A química entre os personagens não funciona muito bem, mas a fotografia e a direção de arte são de tirar o fôlego. Pode não ser muito assustador, mas é lindo.
Fenômeno de bilheteria em 2017, a primeira parte da adaptação do romance de Stephen King é bem melhor do que a segunda. E, sem dúvida alguma, muito melhor também do que a minissérie de 1990. Com direção do argentino Andy Muschietti, Bill Skarsgård é perfeito como o palhaço Pennywise. Nada contra o Tim Curry.
Execrado por boa parte da crítica tradicional, “A Freira” é uma homenagem divertida ao terror europeu, especialmente às produções da britânica Hammer, com seus filmes de estilo gótico, estrelados por Christopher Lee e Vincent Price. Faz parte da franquia “Invocação do Mal”, mas não é preciso assistir todos os outros filmes.
Filme de estreia de Trey Edward Shults, "Ao Cair da Noite" é um terror angustiante e claustrofóbico, passado em um taciturno cenário pós-apocalíptico. Com Joel Edgerton no elenco, ator e diretor do excelente suspense “O Presente”, que também quase entrou nesta lista (este último está disponível na Amazon Prime).
Dirigido pela australiana Jennifer Kent, “O Babadook” retrata a maternidade como uma fonte inesgotável de terror. Assim como “Hereditário”, foi outro queridinho do Festival de Sundance, onde vários filmes do gênero começam a trilhar seus caminhos de premiações. Atuação espetacular da atriz Essie Davis, também australiana.
Uma mistura de drama, suspense e terror, com direção da americana Karyn Kusama, de "Garota Infernal" e "O Peso do Passado", todo passado em uma festa com convidados bizarros. Muito bem protagonizado por Logan Marshall-Green.
Um filme cheio de subtexto, dirigido por David Robert Mitchell, e com uma profundidade de campo que faria Stanley Kubrick chorar. O final é um pouco Scooby Doo, mas é condizente com a ação de um grupo de adolescentes. De toda forma, a ameaça constante de um inimigo sem aparência definida é realmente assustadora.
Uma co-produção entre França, Bélgica e Itália, com roteiro e direção da francesa Julia Ducournau. “Grave" (ou “Raw”, como também é conhecido) se passa em uma faculdade de veterinária, onde duas irmãs participam de trotes doentios com consequências inimagináveis. Ótima trilha sonora!
Dirigido pelo iraniano Babak Anvari, “Sob as Sombras” se passa durante a guerra entre Irã e Iraque. Sob bombardeios, uma mãe e a sua filha precisam lidar também com um mal muito mais perigoso do que a própria guerra.
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