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Inspirada na comédia de 2014, série expande universo cômico dos vampiros.
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Quando foi anunciado que a brilhante comédia “O Que Fazemos nas Sombras” também ganharia uma série, era difícil de imaginar como os criadores poderiam elaborar uma premissa já tão bem desenvolvida. No filme de 2014, escrito, dirigido e protagonizado pelos neozelandeses Jemaine Clement (da série “Flight of the Conchords”) e Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”, “Jojo Rabbit”), quatro vampiros dividem uma casa e lidam com situações mundanas, como a divisão das tarefas domésticas e os pequenos conflitos da convivência.

Já em sua segunda temporada, a série “What We Do in the Shadows” acompanha a rotina dos vampiros Nandor (Kayvan Novak), Laszlo (Matt Berry) e Nadja (Natasia Demetriou) – Mark Proksch interpreta Colin Robinson, um vampiro diferente, que não se alimenta de sangue, mas suga a energia dos outros ao falar dos assuntos mais entediantes. O centro de toda a ação, contudo, é Guillermo (Harvey Guillén), escravo de Nandor e descendente de Van Helsing, o caçador de vampiros.

Feito em estilo de documentário falso, como “The Office” ou “Parks and Recreation”, a série conta com efeitos especiais, figurinos e direção de arte impecáveis, além das participações de Tilda Swinton, Wesley Snipes, Evan Rachel Wood e, mais recentemente, Mark Hammil. Os atores também têm liberdade criativa. “Os roteiros são apenas pontos de partida. Fomos escalados porque sabemos improvisar. Se você acha que alguma coisa pode ser engraçada, você vai lá e faz,” disse o comediante Matt Berry.

Expandir o universo dos vampiros era justamente a ideia dos produtores Paul Simms e Stefani Robinson, que se contentam com os improvisos dos atores desde que a lógica interna seja mantida. Para tal, é necessário ter em mente todas as regras das criaturas sobrenaturais retratadas (que incluem zumbis, bruxas e fantasmas) e saber quando quebrá-las. Diretor de vários dos episódios, Clement diz que é preciso manter as regras básicas, “as mais divertidas”. É preciso também manter a filmagem condizente com as capacidades de uma equipe de documentário.

Filmada em Toronto, parte da equipe neozelandesa do filme acompanha a produção da série, como a editora Yana Gorskaya, a figurinista Amanda Neale e o diretor de fotografia D.J. Stipsen. “Fizemos o filme com um bando de amigos. Fazíamos teatro todos juntos por muito tempo. E, para isto, tive de fazer vários novos amigos,” explicou Clement. Apesar do clima amistoso, o trabalho é pesado. Os episódios são gravados em poucos dias e envolvem cenas de ação, com atores pendurados em cabos e muito mais. O resultado, no entanto, é hilário – e um alívio durante a pandemia.

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