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A irmandade em O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio

Fica, vai ter Mackenzie Davis.
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Com exceção dos dois primeiros filmes, ambos dirigidos por James Cameron, não há muito para recordar na franquia “O Exterminador do Futuro”. Em algum momento, tivemos uma exterminadora e modelo de lingerie (porque, no início dos anos 2000, o “empoderamento feminino” se encontrava com o fetiche de apanhar de mulher bonita) e, depois disso, vira tudo um borrão. Nem mesmo o Christian Bale faz questão de lembrar.

De toda forma, se você conhece a premissa básica do universo – robôs são enviados ao passado para matar líderes de uma futura resistência humana contra a rebelião das máquinas – já dá para acompanhar “O Exterminador do Futuro: Destino Sombrio”, dirigido por Tim Miller (de “Deadpool”).

Desta vez, o alvo das máquinas é Dani Ramos, uma operária mexicana interpretada pela atriz colombiana Natalia Reyes. Para protegê-la, os humanos não mandam um outro robô, mas a ciborgue Grace (Mackenzie Davis), isto é, uma humana cheia de implantes tecnológicos que a tornam tão forte quanto um T-800. As duas acabam se encontrando com Sarah Connor (Linda Hamilton) e, juntas, elas precisam cruzar a fronteira do México com os Estados Unidos para chegar até o estado do Texas e investigar coordenadas misteriosas.

Assim como Sarah, Dani representa uma luz na escuridão, a chance da humanidade triunfar; Sarah acaba em um hospício, Dani em um centro de detenção para imigrantes ilegais. Parte do apelo da franquia “O Exterminador do Futuro” é saber que nós mesmos, no momento presente, somos responsáveis por um futuro distópico de morte e destruição. Afinal, as máquinas foram criadas por humanos, é claro que vamos atrapalhar também quem se atrever a nos salvar de um destino horrível.

Em “O Exterminador 2”, John Connor e o androide vivido por Arnold Schwarzenegger (que também aparece em “Destino Sombrio”) acabam desenvolvendo uma relação de pai e filho. Agora, a dinâmica é mais feminina, de irmandade mesmo.

Reyes nunca brilha como deveria, mas Davis impressiona como estrela de ação. Ainda que seja bom ver Linda Hamilton de volta à ativa, os diálogos não fazem jus ao legado de Sarah Connor. Falas como “eu bebo até apagar” tiram um pouco da complexidade da personagem e a transformam numa caricatura de mulher durona.

Vale ressaltar que, diferente do que ocorre em “O Exterminador 3”, as mulheres nunca são exibidas de forma hipersexualizada, com decotes reveladores ou closes da bunda. As cenas de ação também são intensas, o roteiro só precisava de uma polida extra. Em suma, “Destino Sombrio” é um destaque em meio às sequências da franquia (o que não é grande coisa, mas vá lá).

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