Em homenagem ao Dia das Crianças e também ao mês das bruxas, juntei as duas coisas e criei esta lista com filmes infantis da Netflix que lidam com alguns elementos do terror. Não se preocupe em traumatizar os pequenos. A maioria dos grandes clássicos da Disney já introduziu o gênero às crianças. Afinal, como esquecer a transformação da Rainha Má na bruxa velha que envenena a Branca de Neve ou, então, o trecho de “Uma Noite no Monte Calvo” em “Fantasia”? O terror é uma parte essencial dos contos de fadas e da vida como um todo – é melhor crescer sabendo lidar com ele. Vamos lá.
Os Caça-Fantasmas
Ainda que alguns pais achem o filme mais apropriado para maiores de 11 anos, “Os Caça-Fantasmas” foi lançado com classificação livre no Brasil, em 1984. Dirigido por Ivan Reitman, este clássico da Sessão da Tarde pode ajudar a criança a encarar as assombrações com mais humor (e garante mais algumas horas de entretenimento graças à sequência de 1989 e à refilmagem feminina de 2016). Com os comediantes Bill Murray e Dan Akroyd no elenco, os fantasmas não chegam a machucar ninguém, só incomodam um pouco. E tudo pode ser resolvido com um simples telefonema!
Convenção das Bruxas
Dirigido pelo saudoso Nicolas Roeg, “Convenção das Bruxas” é baseado no livro de Roald Dahl, mesmo autor de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”, e conta com a performance inesquecível de Anjelica Huston como a líder de um coven satânico que planeja transformar todas as crianças do mundo em ratos. De 1990, recebeu classificação livre no Brasil, mas alguns pais acham o filme mais adequado para maiores de 9 anos. De fato, há elementos assustadores, como a criança que é presa num quadro e a transformação das mulheres da convenção em bruxas grotescas, mas tudo acaba bem – e com a ajuda de uma das bruxas!
Abracadabra
Ainda no universo da bruxaria, “Abracadabra” conta a história de três bruxas de Salem que reaparecem no século XX, justamente no dia do Halloween, quando podem andar pelas ruas sem chamar a atenção de ninguém. Com Bette Midler, Sarah Jessica Parker e uma Thora Birch bem novinha, o filme foi lançado com classificação livre no Brasil, em 1993. Além das bruxas, há também um gato preto falante e um garoto zumbi, mas nada muito assustador. Mesmo assim, o Common Sense considera “Abracadabra” mais adequado para crianças maiores de 10 anos.
O Estranho Mundo de Jack
Dirigido por Henry Selick, baseado nos personagens de Tim Burton, “O Estranho Mundo de Jack” é um musical feito em stop motion sobre Jack Skellington, o gênio por trás de todos os Dias das Bruxas na cidade do Halloween. Só que, desta vez, ele quer fazer uma coisa diferente, com inspiração em outras datas comemorativas, o que acaba não dando muito certo… Com músicas de Danny Elfman, colaborador habitual dos filmes de Tim Burton, “O Estranho Mundo de Jack” é do mesmo ano que “Abracadabra” e também foi lançado com classificação livre no Brasil. Os pais da Common Sense acham a animação ideal para crianças maiores de 7 anos.
Jumanji
Com Robin Williams e Kirsten Dunst, o filme original de “Jumanji” trata de um jogo de tabuleiro com consequências muito mais sérias do que virar diplomata em “Jogo da Vida”. Dependendo da sua jogada, animais podem tomar conta da cidade ou você pode se tornar um macaco. Para o personagem de Williams, o jogo lhe custou décadas de sua vida. Com aranhas gigantes e um caçador malvado, foi lançado com classificação livre no Brasil, em 1995. O Common Sense considera o filme ideal para crianças maiores de 10 anos, mas os usuários do site acham que os pequenos de 8 anos já podem assistir “Jumanji” numa boa.
Matilda
Dirigido por Danny DeVito, “Matilda” é outro filme infantil baseado na obra de Roald Dahl – desta vez, sobre uma menina muito inteligente e com poderes muito especiais, que precisa lidar com uma família desinteressada e a diretora valentona de sua escola, a Sra. Trunchbull. Graças aos seus poderes, é a própria Matilda quem provoca os sustos, causando várias confusões e fazendo com que a temível Sra. Trunchbull acredite em fantasmas. De classificação livre, alguns pais acham “Matilda” mais adequado para crianças maiores de 9 anos. É também ideal para crianças adotivas, que encontram as suas verdadeiras famílias fora dos laços de sangue.
Lilo & Stitch
Aliens, experimentos genéticos e uma garotinha estranha e agressiva, fascinada por gente gorda. “Lilo & Stitch” é uma das animações menos convencionais da Disney e uma das mais interessantes, graças ao seu traçado específico e aos temas tratados – que passam pela cultura havaiana até a forma com que crianças (e alienígenas) podem aprender a lidar com a raiva e a solidão. É também uma boa forma de introduzir crianças ao gênero da ficção científica. Com classificação livre, o Common Sense considera a animação adequada para crianças maiores de 5 anos.
Kubo e as Cordas Mágicas
Do mesmo estúdio de “Coraline” e “ParaNorman”, “Kubo e as Cordas Mágicas” trata de um garoto japonês que consegue contar histórias épicas utilizando apenas bonecos de origami e o som do seu shamisen, o instrumento de cordas típico do Japão – mas logo, ele terá se tornar o protagonista de sua própria epopeia, lutando contra monstros e espíritos vingativos do passado. Na animação, há um festival dedicado à memória dos mortos, semelhante ao retratado em “Viva – A Vida é uma Festa”, da Pixar. No Brasil, foi lançado em 2016 e não é recomendado para menores de 10 anos, mas os pais cadastrados no site do Common Sense consideram a animação adequada para crianças de 8 anos.