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Anya Taylor-Joy interpreta heroína de Jane Austen em nova versão do clássico de 1815.
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Os livros de Jane Austen já foram adaptados ao cinema muitas e muitas vezes. Publicado em 1815, “Emma” tem duas versões famosas que são mais ou menos fiéis ao livro: a de 1996, com Gwyneth Paltrow no papel principal, e “As Patricinhas de Beverly Hills”, com Alicia Silverstone. A mais nova adaptação da obra, dirigida por Autumn de Wilde, é um prazer sensorial que deve agradar aos fãs mais tradicionais de Austen e também aos que nunca entraram em contato com o universo da escritora britânica.

“Emma.”, com um ponto final, é o primeiro longa da diretora, conhecida por ensaios fotográficos de moda e videoclipes musicais de artistas como Beck e Rilo Kiley. Com roteiro de Eleanor Catton, escritora vencedora do Man Booker Prize de 2013, o filme traz Anya Taylor-Joy como Emma Woodhouse. Aos 20 anos de idade, Emma leva uma vida confortável ao lado do pai hipocondríaco, interpretado por Bill Nighy. Ela não vê motivo algum para se casar, mas gosta de assumir o papel de casamenteira da vizinhança.

Vivida com doçura por Mia Goth, Harriet é uma jovem ingênua e de origem simples, que depende de um casamento bem sucedido para sobreviver. Emma quer que ela se case com o vigário Sr. Elton (Josh O’Connor), mas Harriet é apaixonada pelo modesto fazendeiro Robert Martin (Connor Swindells). É claro que os planos de Emma não acabam dando certo e, ao tentar interferir nas relações dos outros, ela aprende que precisa abrir o coração e viver a própria vida.

Com fotografia de Christopher Blauvelt, direção de arte de Kave Quinn e figurinos de Alexandra Byrne, a obra de Jane Austen vibra em tons vivos de azul e amarelo, chegando a um resultado final muito mais colorido do que os tons pastéis mais delicados que, geralmente, são associados ao período da narrativa. Disponível no NOW, “Emma.” é um desbunde visual, um trabalho delicioso de uma diretora estreante que já demonstra domínio total de suas capacidades criativas.

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