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A jornada não tão fantástica de Dois Irmãos

Nova animação original da Pixar está mais para Dreamworks.
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Há 25 anos, a Pixar tem sido sinônimo de criatividade e inovação. Na última década, no entanto, a produtora lançou mais sequências do que títulos originais. Dirigida por Dan Scalon, de “Universidade Monstros”, “Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica” deveria ser um retorno à forma, a primeira animação original da Pixar desde “Viva – A Vida é uma Festa” (2017), mas o resultado está mais para Dreamworks.

Com as vozes de Tom Holland (“Homem Aranha: De Volta ao Lar”) e Chris Pratt (“Guardiões da Galáxia”), “Dois Irmãos” se passa em um universo de criaturas míticas, com elfos, fadas e centauros que se cansaram da magia e passaram a depender da tecnologia. Em seu aniversário de 16 anos, Ian (Holland) recebe um cajado mágico de seu finado pai e um feitiço para trazê-lo de volta – o feitiço, porém, acaba dando errado e só as pernas do pai se materializam. 

Junto do irmão Barley (Pratt), Ian terá de abandonar o mundo moderno e embarcar numa aventura fantástica para completar encanto e reaver o seu pai. Apenas pela sinopse, dá para perceber a presença de todos os ingredientes mágicos: um universo próprio, a jornada emocional de dois protagonistas, a estranheza de um quadril sem a outra metade do corpo… Infelizmente, “Dois Irmãos” parece tão incompleto quanto o feitiço de Ian.

As possibilidades cômicas de um mundo em que as criaturas mágicas se adaptaram à rotina nunca são bem desenvolvidas. As ideias apresentadas são rasas, pouco fundamentadas. “Dois Irmãos” também não oferece o mesmo espetáculo visual de “Os Incríveis” ou “Wall-E”. Trata-se de uma animação razoável, mas abaixo do padrão esperado da Pixar. Não vale nem mesmo pela suposta representatividade LGBTQ, de uma personagem lésbica que não faz a mínima diferença na história.

Em junho, a Pixar deve lançar mais uma animação original, intitulada “Soul”. Tomara que seja melhor.

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