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Netflix: A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas

Animação produzida por Phil Lord e Chris Miller é uma celebração eletrizante do que nos torna únicos.
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Se a sua família não é tilelê, não é fácil ser uma adolescente que decide estudar cinema. Você vai ouvir que cinema não dá dinheiro, que não é trabalho de verdade, que é apenas um hobby – comentários que só reforçam a vontade de fugir e de encontrar outras ovelhas negras, outros malucos que, como você, não se encaixam nos padrões da “normalidade”. Com a voz de Abbi Jacobson, Katie Mitchell está prestes a começar a faculdade de cinema, ainda que o seu pai Rick (Danny McBride) não entenda os vídeos divertidos que ela faz.

Para tentar se reaproximar da filha, Rick inventa uma viagem de última hora para levá-la até a universidade, junto de Linda (Maya Rudolph), a mãe de Katie, do caçula Aaron (o próprio diretor Mike Rianda) e do pug estrábico Monchi. No meio do caminho, no entanto, o apocalipse das máquinas se inicia. Descartada pelo criador (Eric Andre), a inteligência artificial PAL (Olivia Colman, vencedora do Oscar de melhor atriz) comanda a ascensão das máquinas num plano mirabolante para aprisionar os humanos e despachá-los ao espaço sideral.

Com produção de Phil Lord e Chris Miller, dupla responsável por “Tá Chovendo Hamburguer”, “Uma Aventura Lego” e o excelente “Homem-Aranha no Aranhaverso”, “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” é uma animação eletrizante com uma direção de arte distinta e personagens bem desenvolvidos. A estreia de Rianda na direção é como um filme de super-heróis em que o super-poder é ser esquisito – uma celebração das características que nos tornam únicos e, dependendo do contexto, “defeituosos”.

É um defeito na programação, por exemplo, que transforma os robôs Eric (Beck Bennett) e Deborahbot 5000 (Fred Armisen) em aliados da raça humana. E são os “defeitos” da família Mitchell que fazem com que eles sejam os únicos capazes de nos salvar. Vale também mencionar que a personagem principal é uma garota lésbica, de acordo com detalhes bem breves, do tipo “piscou, perdeu”. Sua orientação sexual faz sentido, não parece uma representatividade vazia e torna todo o contexto da aceitação ainda mais especial.

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