Se inscreva no canal do Telegram
Animação produzida por Phil Lord e Chris Miller é uma celebração eletrizante do que nos torna únicos.
Compartilhe:

Para receber todas as novidades, se inscreva no canal do Telegram

Se a sua família não é tilelê, não é fácil ser uma adolescente que decide estudar cinema. Você vai ouvir que cinema não dá dinheiro, que não é trabalho de verdade, que é apenas um hobby – comentários que só reforçam a vontade de fugir e de encontrar outras ovelhas negras, outros malucos que, como você, não se encaixam nos padrões da “normalidade”. Com a voz de Abbi Jacobson, Katie Mitchell está prestes a começar a faculdade de cinema, ainda que o seu pai Rick (Danny McBride) não entenda os vídeos divertidos que ela faz.

Para tentar se reaproximar da filha, Rick inventa uma viagem de última hora para levá-la até a universidade, junto de Linda (Maya Rudolph), a mãe de Katie, do caçula Aaron (o próprio diretor Mike Rianda) e do pug estrábico Monchi. No meio do caminho, no entanto, o apocalipse das máquinas se inicia. Descartada pelo criador (Eric Andre), a inteligência artificial PAL (Olivia Colman, vencedora do Oscar de melhor atriz) comanda a ascensão das máquinas num plano mirabolante para aprisionar os humanos e despachá-los ao espaço sideral.

Com produção de Phil Lord e Chris Miller, dupla responsável por “Tá Chovendo Hamburguer”, “Uma Aventura Lego” e o excelente “Homem-Aranha no Aranhaverso”, “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” é uma animação eletrizante com uma direção de arte distinta e personagens bem desenvolvidos. A estreia de Rianda na direção é como um filme de super-heróis em que o super-poder é ser esquisito – uma celebração das características que nos tornam únicos e, dependendo do contexto, “defeituosos”.

É um defeito na programação, por exemplo, que transforma os robôs Eric (Beck Bennett) e Deborahbot 5000 (Fred Armisen) em aliados da raça humana. E são os “defeitos” da família Mitchell que fazem com que eles sejam os únicos capazes de nos salvar. Vale também mencionar que a personagem principal é uma garota lésbica, de acordo com detalhes bem breves, do tipo “piscou, perdeu”. Sua orientação sexual faz sentido, não parece uma representatividade vazia e torna todo o contexto da aceitação ainda mais especial.

Tags:

Leia também:

Indicado a 11 Oscars, queridinho da A24 celebra carreira de Michelle Yeoh.
Blockbuster anticolonialista da Índia ensina como se faz ação.
Animação da Pixar faz alegoria gay, mas não impressiona.
Nova animação da Disney já está disponível na Disney+.