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Dirigida por Leigh Whannell, ficção científica com boas cenas de ação chega à Netflix.
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Antes de dirigir a surpreendente releitura de “O Homem Invisível” (2020), o australiano Leigh Whannell, que também foi roteirista das franquias “Jogos Mortais” e “Sobrenatural”, escreveu e dirigiu a ficção científica “Upgrade”. Estrelado por Logan Marshall-Green, a versão genérica do ator Tom Hardy, o filme é uma espécie de suspense cyberpunk que se passa em um futuro não muito distante e com boas cenas de ação. Lançado pela Blumhouse em 2018, “Upgrade” acaba de chegar na Netflix.

Grey Trace (Marshall-Green) é um homem das antigas, que prefere a tecnologia do século XX às invenções mais modernas. Após ver a esposa assassinada e se tornar paraplégico, no entanto, ele passa por um procedimento experimental. O gênio da cibernética Eron (Harrison Gilbertson) instala um implante, chamado STEM, em sua coluna vertebral – graças a ele, Grey retoma os movimentos, mas a inteligência artificial do sistema (com a voz de Simon Maiden) é capaz de tomar o controle do suas ações.

Ao localizar os assassinos de sua esposa, o STEM transforma Grey em um vingador implacável. A cada golpe certeiro que o seu corpo desfere como se fosse um fantoche, ele parece surpreso e confuso, o que confere um lado cômico às cenas de ação (todas muito dinâmicas e bem filmadas). Em “Upgrade”, o STEM nada mais é do uma versão do HAL de “2001 – Uma Odisseia no Espaço” e trata de um sentimento muito comum ao gênero da ficção científica: o medo da dominação tecnológica.

Por mais que a trama em si não apresente nada de revolucionário, o conceito geral é interessante o suficiente para ser transformado em série (já em produção pela Blumhouse). Grey é como um lobisomem cibernético, sempre prestes a perder o controle das próprias faculdades. No filme, as reviravoltas são fracas e a excelente atriz Betty Gabriel, de “Corra!”, é subutilizada no papel de uma detetive pouco elaborada, mas a direção estilosa das cenas de ação torna “Upgrade”, ao menos, divertido.

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