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Maria e João: O Conto das Bruxas

Terror feminista com Sophia Lillis impressiona pelo visual, mas não convence.
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Filho do ator Anthony Perkins, o Norman Bates de “Psicose”, Osgood Perkins vem se especializando como um diretor de filmes belos, mas mal resolvidos narrativamente. Tanto “O Último Capítulo” quanto “A Enviada do Mal” (ambos disponíveis na Netflix) impressionam pelo visual, mas acabam se atrapalhando com a história. “Maria e João: O Conto das Bruxas”, obra mais recente de Perkins, não foge ao padrão.

Nesta adaptação da fábula de “João e Maria”, a inversão dos nomes é proposital. Sophia Lillis, a Beverly de “It – A Coisa”, interpreta uma Maria já adolescente, responsável pelo irmão pequeno (Samuel Leaky). Abandonados pela mãe louca, eles vagam pela floresta em busca de alimento e se deparam, é claro, com a casa da bruxa (Alice Krige) e uma mesa repleta de comida. Com roteiro de Rob Hayes, o mesmo da série “Chewing-Gum”, “Maria e João” se concentra no aspecto feminino da bruxaria.

Apesar da ausência de sustos, a fotografia de Galo Olivares (câmera de “Roma”) e a direção de arte de Jeremy Reed (também de “O Último Capítulo”) são espetaculares, semelhantes ao estilo da A24, de obras mais artísticas como “A Bruxa” e “Midsommar” – mas sem a mesma consistência. A narração nem sempre parece necessária e o tom feminista do roteiro não chega a convencer. Mesmo assim, Lillis carrega o filme com um talento quase sobrenatural para a sua idade.

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